tag:blogger.com,1999:blog-17650971051583764592024-02-06T20:21:37.613-08:00abraço negro blogluiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.comBlogger42125tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-52293546937116013832017-02-22T16:54:00.000-08:002017-02-22T16:54:36.469-08:00Racismo<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Racismo a brasileira</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Semanas atrás durante a disputa
de uma partida de futebol entre duas das mais renomeadas equipes do Brasil,
ocorreu um lamentável incidente que não é raro, mas que neste caso ganhou
repercussão devido as seqüência do seu desenvolvimento fora do gramado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O “Grêmio Porto-alegrense” recebeu em seu
estádio na capital gaucha o “Santos Futebol Clube”. Essas duas agremiações
futebolísticas ostentam em seus históricos, conquistas das mais relevantes,
sendo que tanto um quanto o outro já foram campeões mundiais. Por isso são
muito respeitados e sempre que se enfrentam proporcionam aos milhares de
torcedores momentos de grande emoção.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A imoderada torcida gremista a
maioria vestindo a tri colorida camisa azul, preta e branca ocupava mais de 90%
das arquibancadas e desde os primeiros minutos estendia suas imensas bandeiras
e agitava suas flâmulas alusivas a cada uma das suas “facções” com grande
alarido.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Iniciada a porfiria
desenrolava-se com aquela intensidade característica dos grandes embates
esportivos entremeada de lances notáveis e medianos de ambos os lados, até que
o Santos fez um gol, para desgosto dos gremistas que voltaram dispostos a
empatar e virar no 2º tempo. Uma coisa que nenhum torcedor gosta é ver seu time
perder em casa, imagine um gaucho torcedor do Grêmio, um time campeão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As torcidas quando vão aos
estados levam na cabeça além do barrete ou chapéu com as cores do seu clube,
inúmeras formas de incentivar os seus craques e ao mesmo tempo variados e
ultrajantes vocábulos para envilecer os atletas adversários.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A maioria dos torcedores vai aos
estádios para estimular seu clube, logicamente na expectativa de alcançar a
satisfação de lazer, passatempo ou mania. Mas a verdade é que hoje muitos vão
aos campos de futebol para desabafar anonimamente, seus diferentes recalques e
complexos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esses calhórdas disfarçados de
torcedores, quando em maioria utilizam-se de grossas ofensas aos craques
adversários para pertubá-los. Aplaudindo o seu time e apupando o rival, o
torcedor educado já faz seu papel, todavia muitos excedem-se estupidamente.
Careca, cabeludo, alto, baixo, gordo, magro, feio, narigudo etc, tudo é mote
para esses cafajestes insultaremos visitantes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agora quando o time da casa está
perdendo, como naquele jogo e a equipe visitante tem atletas negros, a situação
agrava-se, pueril e vergonhosamente. Por
que: no Brasil, rico país construído com suor e sangue africanos, o negro tem
sido histórica e criminosamente pisoteado. Consoante a tão sórdida prática um
grupo de torcedores do Grêmio passou a ofender grosseiramente o goleiro do
Santos, o Aranha, que indignado mostrou ao juiz os torcedores que estavam
atormentando-o injuriosamente, xingando-o de tudo quanto é nome, chamando-o
insistentemente de macaco.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A recalcada torcedora foi
encontrada e tachada de racista pela mídia (TV, rádio, jornais etc, foi
“apedrejada” pelas redes sociais, vindo a sofrer <span style="background: yellow; mso-highlight: yellow;">repressões.</span> Dizem que foi expulsa da torcida
organizada até perdeu o emprego. Quanta hipocrisia e cinismo! Como sempre acontece
nesse tipo de ocorrência logo apareceram às personalidades “midiáticas e os
indefectíveis cientistas sociais” e políticos “democratistas” a comentar o
caso. Todos demonstrando solidariedade ao negro Aranha e condenando a
torcedora, atribuindo-lhe a pecha de abominável racista.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma coisa passo afirmar: “Racista
ela não é”</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Você vai dizer: “Como não é
racista, se ela chamou um negro de macaco e reconheceu isso pedindo desculpas
ao goleiro Aranha?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Explico:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A torcedora assustada com a
repercussão do caso e diante das evidências mostradas pela TV, não tinha
alternativa e reconheceu o seu erro, e, instruída ou induzida pediu desculpas
ao santista. Entretanto, mesmo que ela não pedisse desculpas, não poderia ser
indiciada como racista”. Agora você me
olha admirado, pois sabe que sou veterano ativista do Movimento Negro e me diz:
“não estou entendendo a sua posição se todo mundo diz que ela é racista e você
veterano do Movimento Negro vem defender essa moça?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu respondo:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acontece que o racismo praticado
no Brasil é um crime (quase) perfeito.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O nobre professor Kabenguelê
Munanga um dos mais competente e honesto estudioso das relações étnico/raciais
do Brasil. Afirmou em entrevista a uma revista o ano passado que... ”o racismo
brasileiro é o crime perfeito”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao ler a reportagem admirei a
coragem do emérito cientista congolês aqui radicado há décadas, pois que dos
tais sociólogos, etnólogos e cientistas sociais brasileiros é um mar de
asneiras e cínicas distorções o que mais se vê. No caso da torcedora gremista
fica evidente que houve um insidioso “conluio midiático” para conferir-lhe o
rótulo de <b><u>racista</u></b>, com o qual
não concordo por razões óbvias:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1º) Conforme o exposto lá em
cima. É cultural nos campos de futebol, torcedores de uma equipe, apuparem os
atletas adversários estendendo as hostilidades a torcida rival.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2º) Todos torcedores,
jornalistas, dirigentes, policiais, juízes e auxiliares, empresários,
patrocinadores e publicitários sabem disso. Qualquer garoto/a que já foi a um
campo de futebol também.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3º) Os torcedores só insultam os
atletas <b><u>negros da equipe adversária,
aplaudindo e bajulando os negros do seu time, </u></b>chegando a registrar seus
filhos com os nomes de atletas negros.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A imensa torcida corintiana
refere-se ao Palmeiras como <b><u>Porco</u></b>
e aos palmeirenses como porcos. Os palmeirenses por sua vez referem-se aos
corintianos como <b><u>gambás</u></b>,
maloqueiros, trombadinhas etc. Corintianos e palmeirenses xingam os são
paulinos de <b><u>Bambi</u></b>, que é um veadinho.
Os são paulinos tratam<b><u> </u></b>corintianos
e palmeirenses por seus apelidos zoológicos naturalmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando uma equipe está jogando
mal e o técnico tentando melhorar, faz uma substituição errada, milhares de
torcedores do próprio time apupam-no chamando-o de: Burro, burro...burro,como
ocorreu com o Geninho, técnico do Corinthians. Os exemplos similares são muitos
por aqui, o que evidência que esse comportamento dos torcedores faz parte do
“folclore futebolístico brasileiro”. E nada disso é racismo é uma grosseria.
Não estou dizendo que aceito o estúpido comportamento dessa moça e seus colegas
gremistas, mas repito, <b><u>isso não é
racismo. </u></b>É reflexo de sua grosseira falta de educação associada aos
seus prováveis complexos de inferioridade puerilmente vomitados das
arquibancadas em direção ao “Aranha””, que provavelmente, tem um padrão de vida
melhor que o dela e seus familiares.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se processada a gremista poderá
ser condenada a pagar uma pequena multa, prestar serviços a uma entidade social
e ou ser proibida de freqüentar estádios de futebol por tempo limitado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Onde está o Racismo?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Então porque a mídia fez esse
estardalhaço!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não é fácil explicar, mas vou
tentar.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os meios de comunicação (TV,
rádio, jornais, revistas, cinema, teatro etc) são administrados pelas “classes
dirigentes” do país, cujo princípio há mais de 160 anos é manter o negro
segregado, marginalizado e submisso.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por exemplo, quando uma equipe
entra em campo, mormente nos grandes jogos, é comum cada craque levar uma criança
pela mão vestindo o uniforme do clube. Raras vezes vi uma criança negra. As
equipes inglesas e francesas levam sempre crianças <b><u>negras</u></b> e brancas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre as principais equipes do
país, que pagam salários altíssimos aos seus técnicos, entre 50 e 500 mil reais
mensais, rarissimamente encontramos um negro como técnico e temos excelentes
profissionais <b><u>negros</u></b> nesse
estratégico setor. Acompanho futebol desde fins da década de 1940 e nunca vi um
presidente de clube renomado no Brasil; <b><u>negro</u></b>.
Raramente aparece um diretor, mesmo subalterno <b><u>negro</u></b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre os cronistas de futebol que
também são muito bem remunerados, dificilmente encontramos negros. Um ou outro,
mas por pouco tempo durante as copas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Negros como juízes de futebol só
começaram a aparecer nos últimos 30 anos, o que é um absurdo proporcionalmente
em relação ao número de atletas negros praticantes do esporte mais popular do
país. Na Confederação Brasileira de Futebol, a poderosa CBF não entra, a não
ser quando em caso de “indisciplina” vais ser julgado e quase sempre recebe
pena mais rigorosa do que aquela aplicada aos outros atletas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todas essas evidências de
discriminação e segregação racial, estupidamente praticada contra o negro no
futebol brasileiro, tipificam claramente o crime de racismo e são sobejamente
conhecidas pelas nossas autoridades; tanto as esportivas quanto as outras
autoridades e órgãos representativos oficiais como OAB - Ordem dos Advogados do
Brasil por exemplo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao que parecem, nossas
instituições oficiais e oficiosas ao fazerem sistematicamente “vistas grossas”
aos contumazes infratores, incitam-nos a prosseguirem em suas ignóbeis
práticas, afrontando insolentemente a nossa legislação diante da complacência
do sistema juridiciario brasileiro.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Falso Racismo</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao tentar capciosamente transformar
aquela simplória gremista como seu “Bode expiatório”, a torpeza da súcia
racista explode de forma berrante. Fazendo estardalhaço em torno de um caso que
<b><u>evidentemente não é racismo</u></b>,
a corja segregacionista tem como objetivo prioritário enfraquecer a luta dos
afro-brasileiros pelo “direito a Igualdade Racial”, secularmante aspirada pela
Comunidade Negra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando participou da “3ª
conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e
Intolerância Correlata”, realizado em Durban África do Sul, entre agosto e
setembro de 2001. O Movimento Negro, representado por diversas entidades que
atuam em nosso país pelo “Direito a Igualdade Racial, demonstrou
estatisticamente que; a estarrecedora concentração de renda no Brasil, só
favoreceu os eurodescendentes e outros minoritários grupos étnicos alienígenas,
aqui recentemente estabelecidos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Forçados a reconhecer as
injustiças historicamente perpetradas contra os negros, as autoridades
brasileiras assumiram o compromisso de diminuir as clamorosas desigualdades
entre negros e brancos no Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u>As Cotas para Pobres/Negros<o:p></o:p></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><u><br /></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre as várias propostas
apresentadas pelo Movimento Negro em Durban em 2001, constam a instituição
oficial de reserva de vagas para negros nas universidades e faculdades do
ensino superior, ou seja, “Cotas”, percentuais para negros e pobres. O ponto
referencial é que os aspirantes as cotas devem ter um currículo do ensino
básico em escolas públicas, cuja deterioração é notória nas últimas décadas no
Brasil. Até 2002, 93% (noventa e três por cento) dos negros estudavam em
escolas públicas. No Brasil só negros e aborígenes estudam em escolas públicas,
os outros grupos étnicos somente em caso de pobreza.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“Outra medida proposta pelos
representantes do Movimento Negro, foi à inclusão da História da África, dos
africanos e de seus descendentes, os negros, no currículo pedagógico oficial”
com o respeito merecido, sem as injuriosas distorções e/ou as fraudulentas
omissões cometidas por “difamadores velhacos” travestidos de compendistas e
historiadores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As recomendações de Durban em
2001 foram enviadas ao nosso presidente, mas como de costume, o Sr. Fernando
Henrique Cardoso, desdenhou-as puerilmente. Somente após a posse de Lula em
2003 é que foram levadas a sério, tanto que em seus primeiros dias no Planalto
assinou a Lei Federal 10.639/2003, que oficializou as cotas para negros e
pobres no Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Foi Lula que implementou medidas
acessórias em todos os setores do seu governo instando-os a tomarem medidas
objetivas no processo de inserção dos negros social e profissionalmente,
decretando uma série de iniciativas propulsoras a elevação da auto estima do
afro-brasileiro como individuo e a Comunidade Negra como um todo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Várias medidas tomadas em setores
fundamentais do governo federal instavam governadores, prefeitos e autoridades
de modo geral a desenvolver e/ou apoiar medidas de estímulos as “Ações
Afirmativas” em relação aos negros no contexto histórico brasileiro. O PROUNI,
por exemplo, entre 2005 e 2007 ofereceu 414 mil bolsas universitárias, das
quais 44% foram conquistadas por jovens negros que em muitos casos superaram os
outros <b><u>não cotistas </u></b>em seu
aproveitamento a nível catedrático “quebrando a cara” dos ineptos analistas
sociais brasileiros, sectários retardados do charlatão Agassiz, execrável
picareta internacional, aloprado cupincha do infame José Artur Gobineau. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Resumindo; embora a maioria dos
negros e afrodescendentes ainda permaneçam alienados e dóceis, os ativistas do
Movimento Negro, tem alcançado com muita pertinácia aumentar o espaço que lhe é
devido na sociedade brasileira, tendo como um dos mais efetivos meios as “Ações
afirmativas”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em outubro de 2012, o jornalista
Elio Gaspari comentava em sua página dominical na “FSP”, a transformação que as
“Ações Afirmativas” operavam no ensino superior no Brasil. Os negros que antes
do Lula presidente só entrava nos campus universitário (quando entravam) como faxineiros
e/ou porteiros, agora graças as “Cotas Sociais e Raciais” já são visíveis em
números consideráveis, surpreendentes mesmo. De acordo com a matéria do Elio
Gaspari, em fins de 2012, 265 mil cotistas já tinham concluído diversos cursos
superiores naquele ano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A verdade é que o acesso do
afrobrasileiro aos campus universitários veio ampliar sua vida social elevando
sua auto estima. Os setores oficiais obrigados a enfocar de modo honesto e
realista a importância da África, do africano e do negro no árduo processo de
constituição do Brasil como nação, levaram igualmente outros segmentos étnicos
aqui radicados, a reconsiderar seus injustos e equivocados conceitos soe o
negro no Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A nova postura da sociedade brasileira
reconhecendo a fundamental importância do africano e do negro na consolidação
do nosso país física e material, escravizados por m ais de 350 anos, mas também
e principalmente pelas extraordinárias doações intelectuais advindas da milenar
diversidade cultural africana.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As “Ações Afirmativas” promovendo
a Consciência de Cidadania entre os afrobrasileiros, além de combater a
perversa desigualdade aqui reinante contribuiu efetivamente para o
desenvolvimento do Brasil.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É quase impossível uma nação
progredir quando mais da metade de seu povo é marginalizada e constrangida,
como tem sido o negro no Brasil, um país ainda ocupado. Mais esclarecido e
preparado os negros exigem das autoridades respeito aos seus direitos
constituídos, isto é; querem melhorar a sua qualidade de vida, recebendo das
instituições oficiais os mesmos tratamento dedicados aos outros segmentos
étnicos aqui estabelecidos nos últimos 160 anos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A bandeira da Igualdade Racial
empunhada pelo Movimento Negro é antes de tudo um brado contra a injustiça
social que sufoca o nosso povo e tem recebido apoio de brasileiros de todas as
origens aqui viventes. Infelizmente o nosso rico país, suporta infiltrado em
postos relevantes de sua administração, poderosos grupos que tanto nas áreas
públicas quanto nos mais influentes setores privados; perpetram as mais
execráveis ações que lhes rendem bilhões, obstruindo seriamente o progresso do
país e o bem estarem do povo, mórmente nas áreas de Educação e Saúde. O
Movimento Negro com suas pertinazes reivindicações nas áreas sociais inquieta
os poderosas organizações antibrasileiras; pois a medida que a Comunidade
Negra, maioria demográfica do Brasil, historicamente escrachada por essa malta;
amplia sua consciência cívica, os privilegiados espaços ocupados por suas
quadrilhas vão diminuindo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com animalesca percepção as
organizações antibrasileiras compostas pelos mais vorazes patifes nacionais e
fraudulentos alienígenas tentam confundir o afrobrasileiro e as camadas
populares como um todo, com o fito de mantê-los alienados e socialmente
rebaixados e conformados....</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A mídia que é um dos “braços
fortes” dessas organizações, procura esconder as berrantes segregações e discriminações
que cotidianamente oprimem mais de 100 (cem) milhões de brasileiros natos,
restringindo-lhes criminosamente seus direitos fundamentais. A influente mídia
com a mesma desfaçatez que omite o tenebroso “apartheid” aqui vigente faz
estardalhaço com um pueril caso de “falso racismo”, tipificado como injuria e
“eles” sabem....</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O negro apresenta-se no futebol
como em outras atividades esportivas, mercê de suas inatas habilidades, com
magistral resplendor como Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão mundial de salto
triplo e “João do Pulo” na mesma modalidade, Daiane dos Santos na ginástica,
Popó no pugilismo e muitos outros em várias modalidades esportivas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O brilhante desempenho do negro
nos esportes provoca naquelas sofisticadas corjas que infestam as “classes
dirigentes” do país, uma inquietante preocupação, pois o negro no Brasil, não
pode (para essas canalhas) ser admirado ou respeitado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com esse pífio raciocínio a <b><u>bandalha racista</u></b> tenta
insidiosamente transtornar essa digna empreitada do negro que exige das
instituições respeito a sua plena cidadania. E como de costume, utiliza-se de
seu poder de influência, perpetrando cinicamente uma grotesca farsa de <b><u>solidariedade aos negros</u></b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Trágico para a Comunidade Negra,
esse embuste conhecemos desde o século XIX, quando da elaboração das................”leis
abolicionistas”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao fazer estardalhaços, fingindo
indignação como no caso da torcedora gremista e omitir desfaçadamente os
inumeráveis casos de racismo e segregação que acontecem todos os dias no
Brasil. Constatamos mais uma vez com muita tristeza e profundamente
envergonhados que as instituições brasileiras oficiais e oficiosas continuam;
apesar da tecnologia, tacanhamente estagnadas como no fim do século XVIII.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
São Paulo, novembro de 2014</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Genésio de Arruda </div>
luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-37871573512576877902014-04-04T16:11:00.001-07:002014-04-04T16:11:09.263-07:00Marvin Gaye What's Going On Full album vinyl LP (Original Mix)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/inFDgCSGWDs" width="480"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-12056453722851960422014-04-01T06:28:00.001-07:002014-04-01T06:28:31.750-07:00Bob Fernandes / Grupos que serviram à ditadura pontificam sobre democracia<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/R1Bf1yHrNcg" width="480"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-26846793047759551352014-02-07T16:15:00.001-08:002014-02-07T16:15:55.955-08:00Seleção de Partido Alto Samba Na Tendinha Já Clareou Não Tem Veneno ...<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/lUdxbHbSdf4" width="459"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-7178367584675077672014-01-23T07:03:00.001-08:002014-01-23T07:03:55.169-08:00 Abdias Nascimento fala sobre a memória de Zumbi - Ipeafro - Acervo Digital<a href="http://www.ipeafro.org.br/home/br/acervo-digital/43/52/148/senador-abdias-nascimento-discurso#.UuEu_J-Bvbc.blogger">Ipeafro - Acervo Digital</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-50474668478446268032013-12-12T04:44:00.002-08:002013-12-12T04:44:43.625-08:00<br />
<a name='more'></a><div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 8.65pt; mso-line-height-alt: 13.2pt; mso-outline-level: 1; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 8.65pt; mso-line-height-alt: 13.2pt; mso-outline-level: 1; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 8.65pt; mso-line-height-alt: 13.2pt; mso-outline-level: 1; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #333333; font-size: 16.0pt; letter-spacing: -.7pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-font-kerning: 18.0pt;">Por que no meio da dor os negros dançam,
cantam e riem?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-line-height-alt: 8.05pt; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
Por <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">Leonardo Boff</span></b> - do Rio de Janeiro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" />
</span><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmJ1kRopmAeIjywL_H5EgATVCLr0q33ElPDK-P-3_AjvIgU7j5wf1d62OLJV4rcd36PpPZ08x916afZFIczmjEKmUnDGyOLNb8uY_aanlY6w7qfHamIyPwcTKBD2C8XBB6UnVqFmvh5TNJ/s1600/irm%C3%A3os.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmJ1kRopmAeIjywL_H5EgATVCLr0q33ElPDK-P-3_AjvIgU7j5wf1d62OLJV4rcd36PpPZ08x916afZFIczmjEKmUnDGyOLNb8uY_aanlY6w7qfHamIyPwcTKBD2C8XBB6UnVqFmvh5TNJ/s320/irm%C3%A3os.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><a href="http://correiodobrasil.com.br/noticias/opiniao/por-que-no-meio-da-dor-os-negros-dancam-cantam-e-riem/669361/attachment/negros-3/"><span style="color: #cd1713; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes; text-decoration: none; text-underline: none;"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
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alt="Milhares de pessoa em toda a África do Sul misturam choro com dança"
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<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; vertical-align: baseline;">
<b><i><span style="color: #222222; font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 11.0pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Milhares de pessoa em toda a África
do Sul misturam choro com dança<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Milhares de pessoa em toda a África do Sul misturam choro com dança,
festa com lamentos pela morte de Nelson Mandela. É a forma como realizam
culturalmente o rito de passagem da vida deste lado para a vida do outro lado,
onde estão os anciãos, os sábios e os guardiões do povo, de seus ritos e das
normas éticas. Lá está agora Mandela de forma invisível mas plenamente presente
acompanhando o povo que ele tanto ajudou a se libertar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Momentos como estes nos fazem recordar de nossa mais alta ancestralidade
humana. Todos temos nossas raízes na Africa, embora a grande maioria o
desconheça ou não lhe dê importância. Mas é decisivo que nos reapropriemos de
nossas origens, pois elas, de um modo ou de outro, na forma de informação,
estão inscritas no nosso código genético e espiritual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Refiro-me aqui tópicos de um texto que há tempos escrevi sob o título: ”somos
todos africanos”, atualizado face à
situação atual mudada. De saída importa denunciar a tragédia africana: é o
continente mais esquecido e vandalizado das políticas mundiais. Somente suas
terras contam. São compradas pelos grandes conglomerados mundiais e pela China
para organizar imensas plantações de grãos que devem garantir a alimentação,
não da Africa, mas de seus países ou negociadas no mercado especulativo. As
famosas “land grabbing” possuem, juntas, a extensão de uma França inteira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Hoje a Africa é uma espécie de espelho retrovisor de como nós humanos
pudemos no passado e podemos hoje ainda ser desumanos e terríveis. A
atual neocolonização é mais perversa que a dos séculos passados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sem olvidar esta tragédia, concentremo-nos na herança africana que se
esconde em nós. Hoje é consenso entre os paleontólogos e antropólogos que a
aventura da hominização se iniciou na África, cerca de sete milhões de anos atrás.
Ela se acelerou passando pelo homo habilis, erectus, neanderthalense até chegar
ao homo sapiens cerca de noventa mil anos atrás. Depois de ficar 4,4 milhões de
anos em solo africano este se propagou para a Ásia, há sessenta mil anos; para
a Europa, há quarenta mil anos; e para as Américas há trinta mil anos. Quer
dizer, grande parte da vida humana foi vivida na África, hoje esquecida e
desprezada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A África além de ser o lugar geográfico de nossas origens, comparece
como o arquétipo primal: o conjunto das marcas, impressas na alma de todo
ser humano. Foi na África que este elaborou suas primeiras sensações, onde se
articularam as crescentes conexões neurais (cerebralização), brilharam os
primeiros pensamentos, irrompeu a criatividade e emergiu a complexidade social
que permitiu o surgimento da linguagem e da cultura. O espírito da África está
presente em todos nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Identifico três eixos principais do espírito da África que podem
nos inspirar na superação da crise sistêmica que nos assola. O primeiro é o
amor à Mãe Terra, a Mama Africa. Espalhando-se pelos vastos espaços africanos,
nossos ancestrais entraram em profunda comunhão com a Terra, sentindo a
interconexão que todas as coisas guardam entre si, as águas, as montanhas, os
animais, as florestas e as energias cósmicas. Sentiam-se parte desse todo.
Precisamos nos reapropriar deste espírito da Terra para salvar Gaia, nossa Mãe
e única Casa Comum.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O segundo eixo é a matriz relacional (relational matrix no dizer dos
antropólogos). <b>Os africanos usam a
palavra ubuntu que significa: “eu sou o que sou porque pertenço à comunidade”
ou “eu sou o que sou através de você e você é você através de mim”.</b> Todos
precisamos uns dos outros; somos interdependentes. O que a física quântica e a
nova cosmologia dizem acerca de interconexão de todos com todos é uma evidência
para o espírito africano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">À essa comunidade pertencem os mortos como Mandela. Eles não vão ao céu,
pois o céu não é um lugar geográfico, mas um modo de ser deste nosso
mundo. <b>Os mortos continuam no meio
do povo como conselheiros e guardiães das tradições sagradas.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O terceiro eixo são os rituais e celebrações. Ficamos admirados que se
dedique um dia inteiro de orações por Mandela com missas e ritos<b>. Eles sentem Deus na pele, nós ocidentais
na cabeça</b>. Por isso dançam e mexem todo o corpo enquanto nós ficamos frios
e duros como um cabo de vassoura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Experiências importantes da vida pessoal, social e sazonal são celebradas
com ritos, danças, músicas e apresentações de máscaras. Estas representam as
energias que podem ser benéficas ou maléficas. É nos rituais que ambas se
equilibram e se festeja a primazia do sentido sobre o absurdo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Notoriamente é pelas festas e
ritos que a sociedade refaz suas relações e reforça a coesão social. Ademais
nem tudo é trabalho e luta. Há a celebração da vida, o resgate das memórias
coletivas e a recordação das vitórias sobre ameaças vividas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Apraz-me trazer o testemunho pessoal de um dos nossos mais brilhantes
jornalistas, Washington Novaes: ”Há alguns anos, na África do Sul,
impressionei-me ao ver que bastava se reunirem três ou quatro <b><span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;">negros</span></b> para começarem a cantar e a dançar,
com um largo sorriso. Um dia, perguntei a um jovem motorista de taxi:”Seu povo
sofreu e ainda sofre muito. Mas basta se juntarem umas poucas pessoas e vocês
estão dançando, cantando, rindo. De onde vem tanta força?” E ele: “Com o
sofrimento, nós aprendemos que a nossa alegria não pode depender de nada fora
de nós. Ela tem de ser só nossa, estar dentro de nós.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nossa população afrodescendente
nos dá a mesma amostra de alegria que nenhum capitalismo e consumismo pode oferecer.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 11.6pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; vertical-align: baseline;">
<b><span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Leonardo Boff</span></b><span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> <i>é
teólogo e escritor. </i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-86399662264810428032013-10-31T13:45:00.001-07:002013-10-31T13:45:53.280-07:00Conversas sobre a África sem pré-conceitos - 30/10/13http://www.youtube.com/v/lMiJkkQ5JyI?version=3&autohide=1&autohide=1&feature=share&showinfo=1&attribution_tag=NzpQf-11bxRYiMjb29Adpg&autoplay=1luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-34478907783522732302013-08-26T17:08:00.001-07:002013-08-26T17:08:35.524-07:00Discurso Marthin Luther King (legendas português)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/yCLCyvF9p7g" width="459"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-87207649652930757982013-08-23T20:02:00.001-07:002013-08-23T20:02:35.633-07:00Marvin Gaye - Mercy Mercy Me / What´s Going On<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/6O8hsB0jsOM" width="459"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-89359772797662403582013-08-16T11:15:00.001-07:002013-08-16T11:15:31.710-07:00Miles Davis & John Coltrane - All Blues (Live in Stockholm 1960)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="344" src="//www.youtube.com/embed/9LC_k-qIVYM" width="459"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-54652274275372698752013-08-16T11:05:00.001-07:002013-08-16T11:05:15.647-07:00Miles Davis John Coltrane - Autumn Leaves<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/19oOyrvQwkI" width="480"></iframe>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-45257806491032501412013-07-22T14:34:00.003-07:002013-07-22T14:34:44.690-07:00FREMONT IDIOMAS<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 115%;">Campinas, julho de 2013</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> A <b>FREMONT
idiomas</b> é uma escola de educação da língua inglesa, atende pessoas que
buscam oportunidades, experiências e conhecimento para uma comunicação global. A
escola utiliza o método Oxford, e oferece cursos diferenciados para crianças,
adolescentes, adultos e pessoas que chegaram à melhor idade (3ª idade), além de
horário vip e convênios com o setor privado. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Por força da economia e da cultura americana,
a língua inglesa passou a ser a mais falada no mundo, hoje mais de hum bilhão
de pessoas aprendem o idioma em todo planeta. O inglês é a língua dominante
para as comunicações internacionais e oportunidades de trabalho; dominar a
língua e ser hábil na comunicação é essencial, pois é a língua dos negócios,
das viagens, dos estudos, da ciência, da web, da música, dos esportes, da
cultura global.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Para se aprender inglês demanda tempo, esforço
e vontade de crescimento pessoal. Portanto, além de frequentar uma escola é
necessário utilizar vários métodos para manter a proximidade com a língua, como
filmes, jornais, revistas, músicas, livros, redes sociais, viagens, intercâmbios
e mesmo a televisão, onde o estudante pode enriquecer suas habilidades em
conversação geral e na escrita do idioma.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Com foco no crescimento da economia
brasileira e nas necessidades de comunicação que a globalização impõe, a <b>FREMONT idiomas</b> possui um corpo docente
especializado e comprometido com o ensino de qualidade, a escola oferece também
o aprendizado da língua espanhola e da língua portuguesa para estrangeiros, em
diversos dias e horários.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Aproveito para convidá-los para melhor
conhecer nossa atuação, entre em contato e agende uma visita a nossa sede!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Atenciosamente</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">direção</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">FREMONT
idiomas<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Endereço:
Rua Joaquim Vilac,320 – V. Teixeira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Campinas
– SP – CEP. 13032-385 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Tel. (19) 3213-8643 (19) 3201-3058<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-63286196724807870252012-12-14T10:15:00.001-08:002012-12-14T10:15:40.674-08:00Cerco se fecha contra Lula. E agora? | Conversa Afiada<a href="http://www.conversaafiada.com.br/pig/2012/12/12/cerco-se-fecha-contra-lula-e-agora/#.UMtsxE23Hy8.blogger">Cerco se fecha contra Lula. E agora? | Conversa Afiada</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-89840229233403326662012-12-14T10:13:00.001-08:002012-12-14T10:13:43.090-08:00Mino na Carta: onde eles pretendem chegar? | Conversa Afiada<a href="http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/12/08/mino-na-carta-onde-eles-pretendem-chegar/#.UMtsPtaRByE.blogger">Mino na Carta: onde eles pretendem chegar? | Conversa Afiada</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-77980162937034387742012-03-20T17:41:00.001-07:002012-03-20T17:41:28.343-07:00Líbia, um ano depois | Carta Capital<a href="http://www.cartacapital.com.br/internacional/libia-um-ano-depois/#.T2kjotwEBdA.blogger">Líbia, um ano depois | Carta Capital</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-18184891601478066542011-11-08T02:57:00.000-08:002011-11-08T02:57:51.001-08:00Um Nobel de Economia explica Occupy Wall Street<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/11/08/um-nobel-de-economia-explica-occupy-wall-street/">Um Nobel de Economia explica <i>Occupy Wall Street</i></a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-73029483115088811542011-11-05T07:10:00.000-07:002011-11-05T07:10:02.327-07:00A imagem da política<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/11/04/a-imagem-da-politica/">A imagem da política</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-68781545786924100502011-11-02T13:05:00.000-07:002011-11-02T13:05:05.653-07:00Arnaldo Jabor engrossa ciranda da intolerância racial<a href="http://rede.outraspalavras.net/pontodecultura/2011/11/01/arnaldo-jabor-engrossa-ciranda-da-intolerancia-racial/">http://rede.outraspalavras.net/pontodecultura/2011/11/01/arnaldo-jabor-engrossa-ciranda-da-intolerancia-racial/</a><br />
<br />
Comentário do cineasta na Rádio CBN é mais uma expressão pública de discriminação contra os negros no Brasil<br />
<br />
<br />
No dia 27 de outubro, o cineasta Arnaldo Jabor utilizou os microfones da Rádio CBN para emitir suas opiniões sobre a recente mudança de comando no Ministério dos Esportes. Seu comentário começou com a seguinte frase: “Amigos ouvintes, finalmente o Orlando Silva caiu do galho”, em referência à queda do ex-ministro após as denúncias de corrupção envolvendo seu mandato e seu partido, o PCdoB.<br />
<br />
Uma frase assim precisa ser desmembrada para que as pessoas entendam seu nível de ofensa? Ainda teve gente que considerou um absurdo dizer que essa frase foi extremamente preconceituosa. Bem, todos temos o direito de manifestar nossas opiniões, mas nem todas podem ser classificadas como “liberdade de expressão” — porque nem sempre estão despidas de algum tipo de discriminação.<br />
O que você aí que está lendo acha de um comentário como esse do Arnaldo Jabor? Não se trata de uma sutileza verbal nem de nada que esteja escondido nas entrelinhas. Foi dito e escrito com todas as letras — depois, a CBN mudou o título do comentário em seu site. Eu considero essa afirmação grave.<br />
<br />
Será que estou exagerando? Ou será que foi quase o mesmo que chamar o Orlando Silva de macaco? Quem é que pode discordar? Não sou o primeiro a dizer algo a respeito. A frase de Arnaldo Jabor já causou algumas manifestações nas redes sociais. A professora e deputada Maria do Rosário, atualmente ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, ligada à Presidência da República, utilizou o Twitter para classificar o comentário como inaceitável e repudiar “veementemente a declaração racista do jornalista Arnaldo Jabor sobre o ex-ministro Orlando Silva.”<br />
<br />
No artigo “O Brasil é um país racista?”, publicado pelo portal Zwela Angola, Walter Hupsel cita Arnaldo Jabor como uma das pessoas que trabalha para que a população brasileira acredite que não existe racismo por aqui. Já é hora de percebermos que estamos atrasados quando aceitamos esse tipo de declaração. “Nosso racismo é um crime perfeito”, disse o antropólogo da Universidade de São Paulo, Kabengele Munanga, que não nasceu no país, mas se deu conta da falsa democracia racial em que vivemos. Concordo com ele.<br />
<br />
Em São Paulo, há poucos dias, ficamos estarrecidos com o muro de uma escola que amanheceu pichado com a frase: “Vamos cuidar do futuro das nossas crianças brancas”, afirmação que teve duas suásticas como aspas. Intolerância declarada em uma escola de educação infantil. Sarcasmo na frase de Arnaldo Jabor. A cada dia que passa é mais perceptível. Ainda dá pra duvidar que o nível de intolerância que vemos por aqui é intolerável?luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-73451477997781453692011-11-02T11:03:00.000-07:002011-11-02T11:03:55.759-07:00Abate religioso de animais na legislação brasileira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMRm0VN6mYI_PcbMV4tpFdTAGqOG9UjvuUGz32afcA7A0kYNrevYAJ0CND3lkfeTKsQVCadgDbJBMIzYxRjCGLjWZN1xxiDNt6MflqqECQrZ3Sf96jSTt4vyAdTaix_DUdQ88mblyRsKBB/s1600/SSA175.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMRm0VN6mYI_PcbMV4tpFdTAGqOG9UjvuUGz32afcA7A0kYNrevYAJ0CND3lkfeTKsQVCadgDbJBMIzYxRjCGLjWZN1xxiDNt6MflqqECQrZ3Sf96jSTt4vyAdTaix_DUdQ88mblyRsKBB/s400/SSA175.jpg" width="400" /></a></div> <strong> <span style="font-size: xx-small;"> Foto: Mário Cravo Neto</span></strong><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
No julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul considerou plenamente constitucional a Lei estadual n. 12.131/2004, especificamente seu art. 2º, que isenta as religiões afro-brasileiras da observância de certos procedimentos preparatórios do abate de animais, nestes termos:<br />
<br />
<br />
Não é inconstitucional a Lei 12.131/04-RS, que introduziu parágrafo único ao art. 2.° da Lei 11.915/03-RS, explicitando que não infringe ao “Código Estadual de Proteção aos Animais” o sacrifício ritual em cultos e liturgias das religiões de matriz africana, desde que sem excessos ou crueldade. Na verdade, não há norma que proíba a morte de animais, e, de toda sorte, no caso a liberdade de culto permitiria a prática. <br />
<br />
Um olhar panorâmico sobre a legislação brasileira revela que a lei gaúcha nada tem de inconstitucional, ilegal, tampouco configura novidade, merecendo realce a Instrução Normativa n. 3, de 17 de janeiro de 2000, do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, que em seu art. 11 disciplina o abate religioso de animais. <br />
<br />
Trata-se de tendência observada também em outros países, haja vista a existência de normas análogas na Comunidade Européia (Directiva n. 93/119, de 22/12/1993, art. 2o), em Portugal (Lei da Liberdade Religiosa, Dec. n. 66/VIII, de 6/6/2001, art. 26) e Espanha (Lei n. 25/1992, de 10.11.1992, art. 14 e Lei n. 25/1992, de 10.11.1992, art. 14), apenas para citarmos estes exemplos.<br />
<br />
Também a Suprema Corte dos Estados Unidos registra o emblemático caso Church of The Lukumi Babalu Aye. A Church of the Lukumi Babalu Aye, pertencente à confissão religiosa denominada Santería (levada para os Estados Unidos no século XIX, por negros cubanos), atribui ao sacrifício de animais um lugar destacado na sua liturgia, fato este que levou o município de Hialeah (Flórida) a promover uma interpelação judicial. Invocando a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, a Suprema Corte entendeu que os funcionários públicos deveriam ater-se aos princípios maiores da Constituição, entre os quais a tolerância religiosa. Lembrou ainda que as mesmas normas municipais conviviam com a matança de animais praticada pelos judeus, sem que tais matanças fossem condenadas, de modo que a hostilidade em relação à Church of the Lukumi configurava uma indisfarçável discriminação religiosa. <br />
<br />
Salvo engano, o Tribunal de Justiça do Rio Grande enfrentou a mesma controvérsia da Suprema Corte estadunidense: de um lado o princípio constitucional da liberdade de culto e, de outro, o falacioso e preconceituoso argumento de que o abate religioso importaria tratamento cruel.<br />
<br />
Como se sabe, no Brasil, em qualquer restaurante especializado em “frutos do mar” os clientes elegem a dedo as lagostas ainda vivas, após o que elas são solenemente lançadas em água fervente. Ostras são devoradas vivas, regadas a bons vinhos. Nas avícolas, qualquer pessoa pode adquirir galinhas, patos ou coelhos vivos, sem a obrigação legal de conduzi-los ao matadouro, o que permite a conclusão de que a carnificina ocorre no aconchego do lar. Sem esquecermos dos peixes de qualquer peso, abatidos sem qualquer resquício de crueldade, isto é, abandonados fora d’água e entregues à prolongada sufocação.<br />
<br />
Realce deve ser dado também à duvidosa motivação ambiental dos críticos do abate religioso que não abrem mão do uso de pele de animais para protegerem seus pés ou mesmo suas mãos, ostentando lustrosos sapatos, botas, cintos, carteiras e luvas de couro. Sem olvidarmos das valises ou bolsas de couro exibidas em vitrines dos centros comerciais e vendidas a peso de ouro. Seriam estas igualmente criticadas, censuradas? Mereceriam a mesma preocupação e zelo dos detratores do abate religioso?<br />
<br />
Diferentemente da ausência de significado do abate animal em circunstância secular, civil, para não dizer comercial, ensinam Jostein Gaarder, Victor Hellern e Henry Notaker que “O sacrifício é um elemento central no culto de muitas religiões. Um sacrifício, em geral algo que as pessoas consideram valioso, é oferecido aos deuses. Pode ser constituído de frutas, primícias das colheitas, um filhote de animal;”. <br />
<br />
Do ponto de vista da Bíblia, já o terceiro livro do Pentateuco, Levítico, faz inúmeras alusões ao sacrifício de animais, merecendo destaque os versículos 1, 2 e 5, do capítulo 1:<br />
<br />
1. “Chamou o Senhor a Moisés e, da tenda da congregação, lhe disse:” <br />
<br />
2. “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós apresentar oferta ao Senhor, trareis as vossas ofertas de gado ou de ovelhas.”<br />
<br />
5. “Depois degolará o novilho perante o Senhor, e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e o aspargirão em redor sobre o altar que está diante da entrada da congregação”.<br />
<br />
Judeus e muçulmanos possuem rituais de abate religioso de animais.<br />
<br />
Na kaparot, ritual judaico realizado nas vésperas do Yom Kipur, “Dia do Perdão”, um homem apanha um galo ou, sendo mulher, uma galinha, e passam o animal nove vezes sobre a cabeça recitando a prece “bracha bnei adam – Seja esta minha expiação”. Em seguida entregam o animal ao shochet (sacerdote responsável pelo abate); o valor correspondente à ave é dado aos pobres. <br />
<br />
Já o muçulmanos celebram a Eid al-Adha, Festa do Sacrifício, cerimônia islâmica realizada no 10º dia do último mês do calendário islâmico, no fim da hajj (peregrinação à Meca): são sacrificados um carneiro, camelo, cabra ou boi, em memória da submissão do Profeta Ibrahim (Abraão) à Alá.<br />
<br />
Ademais, o vocábulo hóstia significa “vítima oferecida em sacrifício à divindade” , lembrando que para os cristãos Jesus é o Cordeiro de Deus, cuja carne, na liturgia da missa, é simbolicamente compartilhada entre os fiéis, enquanto o sangue, representado pelo vinho, é ingerido publicamente pelo Padre.<br />
<br />
Merece destaque que o art. 5º da Constituição Federal assegura ampla liberdade de crença, de culto, de liturgia e de organização religiosa; o mesmo artigo proíbe a privação de direitos fundada em crença religiosa, entre outras modalidades de discriminação injusta.<br />
<br />
Bem por isso o professor Celso Antonio Pacheco Fiorillo anota que na hipótese de conflito entre o meio ambiente cultural e o meio ambiente natural, merecerá proteção a prática cultural – no caso, sacrifício de animais domésticos – que implique “identificação de valores de uma região ou população”. <br />
<br />
À luz do sistema jurídico brasileiro inexiste, portanto, qualquer objeção ao abate religioso, de sorte que especulações neste sentido devem ser creditadas à desinformação, à ignorância, à improvisação ou em muitos casos a uma indisfarçável discriminação religiosa. <br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><em><strong>Dr. Hédio Silva Jr</strong>., Advogado, Mestre em Direito Processual Penal e Doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, ex-Secretário de Justiça do Estado de São Paulo (governo Alckmin). Diretor Executivo do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades e Diretor Acadêmico da Universidade Zumbi dos Palmares.</em></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br />
<em></em></span><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-60573537867536945512011-09-25T03:23:00.000-07:002011-09-25T03:23:09.742-07:00Ipiranga, 894<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/09/24/ipiranga-894/">Ipiranga, 894</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-586190667114370362011-09-25T03:19:00.000-07:002011-09-25T03:19:17.347-07:00O custo intangível do fracasso europeu<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/09/22/o-custo-intangivel-do-fracasso-europeu/">O custo intangível do fracasso europeu</a>luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-6096488052657978202011-09-01T17:22:00.000-07:002011-09-01T17:22:03.481-07:00“Nem políticos, nem banqueiros”<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/05/21/%e2%80%9cnem-politicos-nem-banqueiros%e2%80%9d/">“Nem políticos, nem banqueiros”</a>
<br />luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-28741840133634114022011-09-01T17:15:00.000-07:002011-09-01T17:15:54.360-07:00Espanha: a luta após os acampamentos<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/06/14/espanha-a-luta-apos-os-acampamentos/">Espanha: a luta após os acampamentos</a>
<br />luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-91346326711869211722011-08-12T20:41:00.000-07:002011-08-12T20:41:22.670-07:00Rebeldia, agora mais perto de nós<a href="http://www.outraspalavras.net/2011/08/08/rebeldia-agora-mais-perto-de-nos/">Rebeldia, agora mais perto de nós</a>
<br />luiz henrique rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/18234153072369377841noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1765097105158376459.post-78649642010679824112011-08-12T07:17:00.000-07:002011-08-12T07:17:36.906-07:00Chimamanda Adichie: o perigo de uma única história | Video on TED.com<a href="http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html#.TkU17CfOLbs.blogger">Chimamanda Adichie: o perigo de uma única história Video on TED.com</a>
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